Parque Ecológico do Guará Ezechias Heringer

Localização

QE 23, Área Especial, Guará II, ao lado do SESI. O parque fica a 12 km da Rodoviária do Plano Piloto.
Criação
Decreto Nº 8.129, de 16/8/1984.
Objetivos

· Garantir a preservação dos ecossistemas remanescentes, com recursos bióticos e abióticos;

· Promover a recuperação das áreas degradadas com espécies vegetais nativas da região;

· Proporcionar à população condições para a realização de atividades culturais, educativas e de lazer em contato harmônico com o meio natural;

· Disciplinar a ocupação da área;

· Incentivar a pesquisa para possibilitar o repovoamento da área com fauna do cerrado.


Horário de Funcionamento

Diariamente, das 6 às 19h. Acesso livre.


Características

Com área de 310 ha, o parque apresenta várias espécies da flora e da fauna do Bioma Cerrado. Além de árvores, arbustos e ervas, o local também possui o maior número de orquídeas raras da região. Além da vegetação nativa, o parque concentra algumas espécies exóticas, as quais foram plantadas por antigos moradores.

Dentre as espécies arbóreas na mata de galeria encontramos o Podocarpus brasiliensis, um pequeno pinheiro que ocorre em áreas alagadas, uma espécie rara e ameaçada de extinção.

Centenário do botânico Ezechias Heringer

O ambientalista e patrono deste parque, nasceu em Manhuaçu/MG em 1905. Graduou-se em 1938 pela Escola Superior de Agricultura de Lavras/MG , como Engenheiro Agrônomo. No ano seguinte recebeu o título na área de Silvicultura no Rollins College, Flórida, USA.

Foi professor de Botânica Agrícola na Escola Superior de Lavras de 1934 a 1940.

Heringer veio para Brasília no ano de 1960, a convite do Presidente Juscelino Kubitschek. Foi pioneiro no estudo do cerrado e suas orquídeas. A região onde fica o parque foi uma das áreas que Ezechias Heringer mais estudou. O ambientalista ficou encantado com a variedade de espécies de orquídeas no local.

Em 1962, junto com o Zoólogo João Moogen, trabalhou na implantação do “Parque Zoobotânico de Brasília”. De 1963 a 1977, atuou como professor e diretor da Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília (UnB), sendo fundador do Curso de Agronomia. Por esta instituição foi agraciado com o título de Professor Emérito. Recebeu também a medalha Dom Pedro pelo Governo Federal.

Em 1964 doou seu herbário particular para a UnB.

Criou uma área experimental para o ensino de Biologia Básica, a “Estação Experimental da UnB”.

Foi o executor do primeiro convênio florestal, entre o Ministério da Agricultura e a Novacap, propondo a criação do “Parque Nacional de Brasília”.

Criou a “Reserva Biológica das Águas Emendadas”, “Estação Experimental de Agricultura Cabeça de Veado” e o “Parque Municipal do Gama”.

Vários trabalhos de sua autoria foram publicados. Faleceu em 1987.