Escoteiros do Guará: emoção, aventura e cidadania

Quem leu ou lê as estorinhas dos amigos do Tio Patinhas, especialmente as dos irmãos Zezinho, Huguinho e Luisinho, deve ter se interessado pelas aventuras dos três como escoteiros, mesmo que não tenha lido ou participado de mais nada sobre o escotismo. É essa imagem do escotismo que o grupo Hokma, criado há cinco meses no Guará quer difundir entre os jovens da cidade.

Todos os sábados pela manhã, das 9h às 12h, 60 jovens se reúnem no Clube de Vizinhança II do Cave (ao lado do Ginásio Coberto) para ouvir discutir e praticar cidadania, preservação da natureza e brincadeiras que desenvolvam coragem e habilidade. O Grupo Hokma, uma palavra grega que significa “sabedoria de Deus”, é o segundo grupo de escoteiros criado na cidade - o primeiro foi o João XIII , que se reúne na Quadra 1 do Park Way. O Hokma começou a se reunir com o apoio do projeto Escola Livre. O espaço era cedido pelo CEF 02.

 

Em meados de junho eles se instalaram de forma experimental no clube Vizinhança II e em setembro decidiram ficar de vez. O grupo é formado por jovens de 5 a 24 anos, em três subgrupos - de 5 a 6 anos , de 7 a 10 anos são os lobinhos, de 11 a 14 anos são chamados escoteiros, de 15 a 18 anos são os escoteiros sênior, de 19 a 23 são os pioneiros e de 24 anos para cima são os adultos voluntários. As atividades são direcionadas de acordo com a idade. Cada ramo do escotismo tem um objetivo, mas o objetivo principal é formar o cidadão pleno. A ideia é progressista e aborda várias áreas do ser humano, dentre elas o lado afetivo, intelectual, social e físico. “O conceito é aprender de forma divertida em contato com a natureza e lidar com as pessoas, aprender a liderar e ser liderado”, explica André Luiz de Souza, presidente do grupo.

 Como participar

Para participar é preciso um atestado médico, ficha de inscrição e R$ 20,00 para a carteirinha. Além disso, é cobrada uma taxa para o material de grupo. Quem entra no grupo é considerado “aspirante” e durante meses aprende coisas básicas sobre o escotismo. Depois, acontece uma cerimônia e a pessoa faz uma promessa do código de honra do escoteiro, em que promete tentar ser melhor para Deus, para a pátria e para o próximo. Segundo André, o escoteiro não se diferencia pelo que faz, mas sim como ele faz determinada atividade.