Levados pelos policiais para a 4ª Delegacia de Polícia, os presos foram autuados mas apenas Eudes Rodrigues Barbosa, 39 anos, sem moradia conhecida, foi autuada como traficante. Em poder dela foram apreendidos quatro quilos de crack, celulares e outros objetos. Os outros foram soltos porque o flagrante não identificou quantidade de drogas que configurasse crime - de acordo com o novo Código Civil Brasileiro. Os policiais que participaram da operação não tem dúvidas de que todos eles estavam consumindo, mas a tipificação do crime esbarra nas restrições da lei.
Segundo o delegato Joás Rosa, o consumo de crack tem aumentado muito no Guará. “Fazemos apreensão praticamente todos os dias. É a droga da moda”, diz ele.
Furto pela droga
O aumento de ocorrências de furto no Guará está ligado ao aumento de ocorrências de consumo de drogas, de acordo com um estudo elaborado pelo comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar do Guará, coronel Jahir Lobo. Ao analisar as ocorrências registradas pela 4ª DP e comparando com o endereço dos furtos ou dos ladrões, ele concluiu que os objetos roubados, de pequeno valor, servem de moeda de troca para o sustento do vício. São tênis, bicicletas, celulares e pequenas quantias de dinheiro. Pela natureza dos crimes e quantidade de ocorrências era difícil para a polícia prender os autores, e quando presos, rapidamente voltavam às ruas por causa da tipificação do crime como leve.
O registro de todas as ocorrências com usuários de drogas e a catalogação dos aspectos dessas ocorrências traçaram um perfil social e geográfico da criminalidade no Guará. Munido de câmeras fotográficas e filmadoras, a polícia militar passou a registrar em imagens o uso de drogas em áreas públicas, o tráfico e até mesmo roubos e assaltos a estabelecimentos.
Esse Mapa das Drogas, como o estudo é chamado pelo comandante, mostrou que suas convicções estavam certas. No primeiro semestre de 2009, dos crimes registrados no Guará I, 59,37% foram cometidos por moradores do próprio Guará I e 9,37% por moradores do Guará II.
Das ocorrências no Guará II, 86,20% foram cometidas por moradores do próprio Guará II e 13,79% por pessoas de outras regiões da cidade. De 20 de novembro a 30 de julho de 2009 foram registradas 60 ocorrências envolvendo drogas e presos 90 indivíduos no Guará, uma relação de 1,5 indivíduo por ocorrência.
Áreas verdes
O estudo ajuda a polícia a monitorar áreas de grande concentração de usuários de drogas e traficantes. “Entre as áreas mais problemáticas estão as grandes áreas verdes do Guará, principalmente entre as quadras. Nesses locais existe um movimento intenso de usuários, assim como nas praças, na linha férrea e no Pontão do CAVE” afirma o comandante. Segundo ele o perfil do traficante do Guará dificulta a ação da polícia. “Não se vê mais traficantes com grandes quantidades de drogas. Eles ficam parados, vendendo seu produto disfarçadamente. A droga está escondida em outro ponto e só quando o cliente solicita, a quantidade certa é buscada. Quando a polícia aborda esses criminosos, só consegue pegar uma pequena quantidade, dificultando a permanência”.
Olá Fabiana,seu Blog está muito informativo, parabéns! Essa triste situação do uso e tráfico de drogas tem que ser combatida por todos os setores da sociedade. Um grande abraço.Tatianne.
ResponderExcluirOlá Fabi,
ResponderExcluirinfelizmente esta é uma realidade que não podemos ocultar, a droga está presente em nossa sociedade, e destruindo famílias. Mas não podemos cansar de lutar contra esta "droga" de droga.
Um grande abraço.
Parabéns pelo blog, está lindo!!!